Cruzeiro Seixas (Amadora 1920 - Lisboa 2020) foi um nome incontornável do Surrealismo Português. Em 1967, após dezassete anos a viver em Angola, regressou a Portugal onde o mérito da sua obra é reconhecido com a atribuição de um prémio pela Fundação Calouste Gulbenkian. Algumas obras raras, como algumas colagens, permaneceram guardadas no seu espólio pessoal e, apenas recentemente foram apresentadas a público, fazendo parte do vasto património de Arte Surrealista da Fundação Cupertino de Miranda. Medalha de Mérito Cultural atribuída pelo Governo de Portugal em novembro de 2020.
"A pintura que fiz foi tanto quanto possível indiferente ou mesmo hostil à arte, ao mercado, a elogios. E nela não afirmo nada, antes duvido, pergunto, deponho, glorifico a dúvida, e principalmente presto testemunho". Cruzeiro Seixas - Março de 1991
"O que fiz de uma tela ou de uma folha de papel, foi sempre o jogo de não saber. Desencadear é tudo o que sei - se sei".